Pipoqueiro

Esse é um blog comprometido com assunto de todas as espécies de animais nas mais diversas situações de desagrado a eles.Trata desde cães e gatos de rua, animais de laboratório, tráfico, de circo.
Tem o objetivo de levar essa
realidade pelo viés da educação.
Fazemos palestras, apresentação
circense, festa. Estudamos, pesquisamos,reunimos e
vamos em todos os lugares para
poder conscientizar e tornar o mundo um pouco
mais gentil .

terça-feira, 26 de abril de 2011

A história dos animais de circo

Da puríssima arte dos malabaristas e trapezistas, que se exibiam nas olimpíadas gregas derivaram as atividades circenses que, calcadas na destreza e agilidade humanas, prescindiam do uso de animais.

Espetáculos datados de três séculos antes de Cristo, como o antigo Circo Máximo, foram, mais tarde, desvirtuados pela violência que marcou a história da humanidade. Tornou-se habitual, ao término de uma batalha, exibir, em arenas, os animais exóticos capturados em terras dos inimigos vencidos. Escravizavam-se, não só os derrotados, mas também os animais, que eram convertidos em símbolos de ostentação da subjugação impostas ao povo vencido.

Gladiadores se dispunham a provar sua coragem e força em lutas travadas com animais selvagens no Coliseu (90 d.C), onde milhares deles foram vítimas de uma morte sangrenta. Nessa altura, já surgiam as primeiras companhias circenses, que se multiplicavam pelo mundo.

Ao possibilitarem a conquista pôr novos territórios e pelas riquezas que deles se poderiam extrair, as grandes navegações levaram ao aprisionamento de milhares de animais. Conduzidos de forma precaríssima em porões de caravelas, muitos não sobreviviam ao cativeiro e aos maus-tratos. Os mais resistentes eram utilizados como peças de ornamento e de ostentação pelas Cortes, ou eram destinados aos circos.

Sobre a verdadeira origem do circo que se vale de animais, é valorosa a contribuição do insigne promotor de justiça Laerte Fernando Levai em recente ação civil pública ajuizada contra a exibição de animais em circos:

"Informam os registros históricos que, pelas ruas de Lisboa antiga, diversas formas de escravidão eram ostensivamente apresentadas pela Corte, em funesto desfile onde seguiam, subjugados, homens africanos e animais selvagens arrancados de sua terra. D. Manuel, conhecido como o Venturoso, durante seus habituais passeios do Paço da Ribeiro até o Rossio, gostava de se fazer seguir por um exótico cortejo zoológico, repleto de paquidermes acorrentados, felinos enjaulados, símios barulhentos e pássaros aprisionados, todos vindos de lugares distantes (in “A Fauna Exótica dos Descobrimentos”, Portugal, Edição ELO, 1993) Muitos desses animais cativos passaram a ser exibidos publicamente, ensejando demonstrações de coragem e destreza do domador, o qual os submetia a dolorosos procedimentos de adestramento. Aqueles que não resistiam ao cárcere e aos castigos físicos encontravam apenas na morte a sua libertação.”

Convertidos em meros objetos de recreação, ainda hoje, animais são arrebatados de seu habitat, aprisionados e impedidos de viver segundo sua própria natureza. Não bastasse a sujeição à uma vida reclusa que tolhe sua manifestação natural de comportamentos, o animal é ainda constrangido a condutas que não integram seu repertório natural de comportamentos. O hábito de se entreter à custa do terror, da dor e da morte de animais deu origem a inúmeras práticas cruéis tais como os rodeios, vaquejadas, touradas, caça, rinhas, touradas e espetáculos circenses que se valem de animais.
Visando legitimar tais práticas, a despeito de sua indisfarçável crueldade, o homem criou o pretexto de realizá-las em nome da cultura e do desporto.

Nada mais equivocado, portanto, do que atribuir ao circo de animais valor cultural ou artístico, pois longe de provir de belas tradições, a prática deita raízes na violência e na subjugação que a vaidade humana logrou cultuar e arrastar pelos séculos.

Autoridades policiais e agentes do IBAMA, atendendo aos insistentes reclamos das entidades protetoras dos animais, valem-se de funcionários dos centros controladores de zoonoses para proceder à vistoria dos circos, visando apurar a ocorrência de maus-tratos. Em regra, basta que as condições de higiene, de alimentação e de saúde do animal sejam razoáveis para que as autoridades dêem por infundadas as denúncias relativas a maus-tratos e a abusos.

A questão, entretanto, não se resume aos cuidados com alimentação e higiene dispensados aos animais, mas gira em torno dos castigos que lhes são impostos para que executem os números que divertem a platéia e da privação de liberdade a que são condenados pelas companhias circenses.

A própria reclusão, sobretudo para um animal selvagem, já é, por si só, de extrema e incontestável crueldade. Confinados em pequenas jaulas, são submetidos a constantes viagens, de sol a sol, em precaríssimas condições. Das correntes e das jaulas só se livram para exibir à platéia os números que aprenderam à custa de dor e de castigo. Sobre o tema, é interessante citar Silvana Castignone, professora de Filosofia do Direito da Universidade de Gênova, que em seu livro ”Povere bestie - I diritti degli animali (Veneza, Marsilio Editori, 1999, páginas 79-80):

“Escapa ao bom senso arrebatá-los da floresta ou da savana para levá-los a um ambiente artificial e desconhecido, provocando uma mudança de tal forma radical que não poderia deixar de danificar a psique. A perda da liberdade, para um animal selvagem, é o pior dos fins. E não se justifica a alegação de que hoje em dia a maioria dos animais utilizados no circo seja formada por filhotes nascidos em cativeiro, e não por animais presos em seu lugar de origem. Esse fato, certamente, não é suficiente para modificar suas características etológicas e comportamentais”.

E prossegue a professora:

“Os espetáculos circenses com animais são muito deprimentes, pois a única idéia que transmitem é a de que o homem consegue ‘domar’, ou seja, consegue sujeitar à sua vontade também as feras (provavelmente com maciças doses de tranqüilizantes). Não se trata certamente de uma mensagem educativa para as crianças, as quais representam a platéia privilegiada dos circos, uma vez que o que se ensina é a subjugação, a exploração, o especismo”.

Em parecer técnico solicitado pela Promotoria de Justiça de São José dos Campos sobre o estado neurofisiológico dos animais utilizados em circos, esclarece a bióloga Fernanda Malagutti Tomé:

“A natureza dos animais hoje mantidos em circos, como elefantes, tigres e macacos, está associado à idéia da liberdade. Esses bichos costumam viver em grupos em que a organização social é uma das formas principais de adaptação ao ambiente, repercutindo em todos os níveis da escala evolutiva e em boa parte do comportamento social. Na escala filogenética , tal comportamento envolve ações e respostas inatas aos padrões específicos de cada grupo social, conforme se percebe nos sinais-estímulos. Um animal privado dessas características essenciais de sua espécie, ainda que aparentemente possa estar limpo, bem alimentado e escovado, é certamente um animal que age motivado pelo medo e cuja vida acaba sendo permeada pela angústia. Os comportamentos sociais dos animais, em regra, centralizam-se ao redor de seu território, seja ele definido no espaço em que vive ou no limite geográfico de determinado grupo. A territorialidade limita a população, reduz o risco de combates e estimula a organização social com base nas relações de domínio e submissão. Nada mais anti-natural do que prender um animal da selva em uma jaula ou fazê-lo cumprir números e exibições totalmente contrárias àquilo que ele faria em liberdade.”

Não há dúvida de que os animais têm a sua natureza subvertida ao serem compelidos à prática de inúmeras atividades que não integram, e ainda contrariam, a sua natureza. Assim é que as feras, que naturalmente temem o fogo, são forçadas, ao estalo da chibata, a atravessar arcos em chamas; elefantes a equilibrarem-se sobre banquinhos ou tambores; primatas a pedalarem; ursos a dançarem; camelos a ajoelharem-se, et cetera.

É gritante a miséria da vida desses animais, que perdem não só o direito de viverem livres em seu ambiente natural, mas também o direito de viver de acordo com os hábitos próprios à sua espécie.

Enjaulados e constrangidos a números que desafiam suas características físicas e comportamentais, transformam-se em alvo de risos à custa de castigos que inclui desde mutilação, já que o animal tem suas presas cerradas e garras arrancadas, até punições das mais cruéis como agüilhões elétricos, chibatadas e queimaduras, sem falar das elevadas doses de tranqüilizantes que lhes são ministradas. Só os mais estultos poderiam crer que os animais se curvam submissos ao domador por obra de um exímio adestramento.

A bióloga Fernanda Malagutti Tomé, em parecer já citado, tratou da questão:

“A primeira etapa da doma, principalmente quando o animal é retirado de seu ‘habitat’, consiste em exercer sobre ele ações firmes e hostis, de modo a incutir-lhe medo. Método usual nos circos, por exemplo, é o condicionamento do animal com violência física, mediante golpes com instrumentos contundentes, chibatas e sovelas elétricas. A memória da dor, nesses casos, faz com que os animais aprendam a executar seu número de acordo com a exigência do domador.”

Estarrece pensar que a sociedade, ainda hoje, se possa comprazer de uma atividade que aprisiona, mutila e ridiculariza animais, entretendo-se com o que deveria repudiar. A respeito, cabe transcrever os dizeres do zoólogo Desmond Morris inserta na introdução da obra “The rose-tinted menagerie” de William M. Johnson:

“A idéia de achar graça na visão de animais selvagens coagidos a agir como desajeitados seres humanos, ou a excitação ao ver perigosas feras reduzidas a covardes retraídos por causa de um treinador com chicote em punho é primitiva e medieval. Tal visão de mundo advém do velho conceito de que somos superiores às outras espécies e que temos o direito de manter nosso domínio sobre elas. O primeiro auge desse conceito foi visto durante os massacres no circo romano e, desde então, tem sido mantido vivo através dos ensinamentos religiosos que insistem em colocar o gênero humano acima e apartado de todo o resto da criação.”

Causou comoção, convém lembrar, a crueldade a que foram submetidos três leões, que foram abandonados por um tradicional circo, dentro de uma jaula, em uma praça pública da cidade de Sumaré. Os animais foram encontrados em gravíssimo estado de saúde, como revelou o laudo pericial.

Conforme o documento citado, devido ao estado de inanição, o macho não suportava mais o peso de sua cabeça, apresentando enorme dificuldade para se alimentar. A magreza lhe deixava visível a ossatura; lesões de pele cobriam-lhes várias partes do corpo, sugestivas de queimaduras na testa, prática comum em circos. O animal foi mutilado, pois não possuía garras na pata esquerda; seus caninos superiores foram serrados. Apresentava atrofiamento muscular na coxa, quadril, anca e peito. Uma grande infecção acometeu-lhe a boca e a pata anterior. O animal não era capaz de manter a língua dentro da cavidade oral, apresentando completo relaxamento muscular, indicativo de lesão cerebral. O adiantado grau de desnutrição e de desidratação tornou o felino apático, sem reação a qualquer estímulo. Cerca de vinte dias após terem sido os animais resgatados, o macho veio a óbito.

Irrefutável, deste modo, que não só os animais foram submetidos a terríveis e constantes maus-tratos pelos circenses, mas também expostos à crueldade de serem abandonados em uma situação de confinamento, da qual só poderia decorrer a agonia de uma morte lenta provocada pela privação de água, de alimento e de outros cuidados que devem ser ministrados a animais confinados.

Em foto publicada pelo jornal “Diário Regional”, de 29 de janeiro de 2004, evidencia-se a perversa forma com que os animais são explorados pelos circenses, ao registrar o momento em que a elefanta é forçada a equilibrar-se em um pequeno tambor, onde terá que erguer uma de suas patas. Trata-se de grotesca simulação de equilibrismo, comportamento humano, estranho à sua espécie e ofensivo à sua natureza; indiscutível crueldade que depõe contra a espécie humana e lhe denuncia a arrogância da superioridade que insiste em se arrogar.

Fonte: excerto de representação oferecida por Vanice Teixeira Orlandi, em nome da UIPA, União Internacional Protetora dos Animais, ao Ministério Público do Estado de São Paulo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Festa

Decoração Completa
Levamos e retiramos (orçamento)

 
  • Arco de balões na entrada -100,00 a 150,00
  • Toalha de Cetim - 30,00
  • Painel de E.V.A  - 30,00
  • Piruliteiro            -  35,00
  • Caixa para presente 30,00
  • 20 jogos de toalhas para mesinhas - 3,50 cada
  • Arco de balões na mesa de dedecoração - 100,00 a 150,00
  • 20 enfeites para mesa - 3,50 cada
  • Baleiro com 100 balas 
  • Animação com palhaço - 200,00
  • CD
  • Lembrancinhas - mínimo 30 unidades -